- Luizinho Moreira
Algazarras. Podem ser boas para alguns, mas é péssima, sobretudo para os enfermos.

A perturbação do sossego alheio está entre os principais motivos de conflitos entre as pessoas. Seja de que forma for, a reclamação mais comum está relacionada a barulhos de diversos tipos em horário inadequado.
O momento de descontração é próprio do ser humano. Mas, o que para alguns é um bom momento, para outros é desgastante e de muita perturbação, pois, nem sempre são consideradas as situações e condições opostas.
As festividades domésticas, desde que esporádicas, são possivelmente toleráveis. Sempre há motivos para uma festinha em nossos lares: aniversário, batizados, encontro com amigos e parentes. O bom senso deve prevalecer.
Quem abre um comércio que causa algazarras, precisa entender que obteve o Alvará de Funcionamento apenas para trabalhar e não para perturbar o sossego alheio. Por isso, a “Lei do Silêncio” exige um maior rigor de 22:00 às 7:00 horas, período em que qualquer barulho atrapalha o sono.
Diversas pessoas, principalmente idosas, com problemas sérios de saúde, acamadas, sofrem durante a madrugada com o enfrentamento da doença atrelado às algazarras, principalmente nos finais de semana.
Alguns, para evitar desentendimentos, buscam contornar o incômodo tomando ou aumentando a dose de remédios para dormir, colocando em risco a sua própria saúde. Outros são levados para outras localidades, esquecendo-se que a solução mais simples e correta, quando o diálogo não flui, é recorrer ao Judiciário.
A conscientização e o dialogo devem prevalecer, na busca de soluções pacíficas. Assim, o ideal é buscar meios menos problemáticos de resolver a situação, sem a necessidade recorrer vias judiciais. O direito ao descanso é sagrado. Ele é tão importante que é assegurado por lei federal.
Contudo, urge a necessidade das autoridades responsáveis debaterem o assunto cujas reclamações aumentam a cada dia.
Por fim, vale lembrar, mais uma vez, que o bom senso tem uma regra muito clara: “Não faça aos outros o que não quer que faça contra você".
Todos, especialmente os enfermos, agradecem!